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segunda-feira, julho 25, 2005

Bobo da corte



Então, a realidade brilhou dourada no dedo anular da amada, transportando o bobo de volta à vida.
— Títulos de nobreza não se compram – disse o bobo.
E a música de fundo subia alto em seu coração...

“Os meus amigos todos
Será que eles não entendem
Que quem ama nesta vida
Às vezes ama sem querer
Que a dor no fundo esconde
Uma pontinha de prazer...”
Cazuza

sábado, julho 09, 2005

A menina e seu livro colorido



Da porta, logo na entrada, eu podia ver. E tão perto, que se viam as cores que se entrelaçavam em sua alegria.
Em cada canto da sala em que ela se sentava, abrindo vagarosamente seu livro colorido no colo, brotava um poema. E aquela tarde nublada ficava menos cinza.
Seu olhar negro se coloria com o reflexo das cores do seu livro. Suas perninhas balançavam ao ritmo da alegria dos seus pensamentos.
Em que será que ela pensava?
Talvez pensasse nas flores coloridas ou nos bichinhos inteligentes do seu livro. Ou, e com certeza deveria ser isso, apenas se deixava levar pela alegria – que ela ainda não tinha consciência que existia, tão perto e tão ao alcance das mãos.